Há muito tempo, antes de nascermos, quando estávamos no útero de nossa mãe, passamos por vários estágios. Éramos, no começo, semelhantes a vegetais, e depois nos tornamos semelhantes a peixes; foi só num estágio posterior que nos tornamos semelhantes a bebês humanos. E, se tivéssemos tido consciência desses estágios anteriores, arrisco-me a dizer que teríamos ficado muito contentes de permanecer semelhantes a vegetais ou a peixes-não teríamos gostado de ser transformados em bebês. Porém, Ele (Deus) sempre esteve determinado a levá-lo a cabo. Algo parecido está acontecendo agora, num nível superior. Podemos até nos contentar com ser o que chamamos de "pessoas comuns", mas Ele está determinado a levar a cabo um plano muito diferente. Recusar-se a seguir esse plano não é humildade: é preguiça e covardia. Submeter-se a ele não é presunção nem megalomania, mas obediência.
Eis outra maneira de formular os dois lados dessa verdade. Por um lado, não devemos jamais imaginar que nossos esforços por si sós bastarão para nos conservar como pessoas "decentes" nem mesmo pelas próximas vinte e quatro horas. Se Ele não nos sustentar, nenhum de nós estará a salvo de cometer algum pecado abominável. Por outro lado, nenhum grau de santidade ou heroísmo, nem mesmo os graus alcançados pelos maiores entre os santos, está além do que Ele se determina a produzir em cada um de nós no final.
A tarefa não ficará terminada nesta vida; mas Ele pretende nos levar tão longe possível antes de morrermos.
É por isso que não devemos nos surpreender se coisas ruins começarem a acontecer. Quando um homem se volta para Cristo e parece estar bem (na medida em que alguns de seus maus hábitos estão corrigidos), ele pode pensar que a coisa mais natural seria que sua vida agora transcorresse sem problemas. Quando as tribulações chegam - doenças, problemas de dinheiro, novos tipos de tentação-, ele se decepciona. Aos olhos dele, essas coisas foram necessárias antes, para despertá-lo e fazê-lo arrepender-se; mas, e agora: por quê? Porque Deus o está obrigando a progredir ou subir a um novo nível: colocando-o em situações em que ele terá de ser muito mais corajoso, muito mais paciente, muito mais amoroso do que jamais sonhara ser. A nós, tudo isso parece desnecessário: mas é porque não temos tido o menor vislumbre do ser tremendo em que Ele quer nos transformar.
A tarefa não ficará terminada nesta vida; mas Ele pretende nos levar tão longe possível antes de morrermos.
É por isso que não devemos nos surpreender se coisas ruins começarem a acontecer. Quando um homem se volta para Cristo e parece estar bem (na medida em que alguns de seus maus hábitos estão corrigidos), ele pode pensar que a coisa mais natural seria que sua vida agora transcorresse sem problemas. Quando as tribulações chegam - doenças, problemas de dinheiro, novos tipos de tentação-, ele se decepciona. Aos olhos dele, essas coisas foram necessárias antes, para despertá-lo e fazê-lo arrepender-se; mas, e agora: por quê? Porque Deus o está obrigando a progredir ou subir a um novo nível: colocando-o em situações em que ele terá de ser muito mais corajoso, muito mais paciente, muito mais amoroso do que jamais sonhara ser. A nós, tudo isso parece desnecessário: mas é porque não temos tido o menor vislumbre do ser tremendo em que Ele quer nos transformar.
Parece-me que tenho de tomar emprestada mais uma parábola de George MacDonald. Imagine-se como uma casa, uma casa viva. Deus chega para reformar e reconstruir essa casa. No começo, talvez você consiga entender o que Ele está fazendo.
Ele desentope os ralos, conserta as goteiras do telhado etc.: você sabia que esses consertos eram necessários e por isso não se surpreenderá. Mas de repente ele começa a derrubar as paredes da casa; isso lhe causa uma dor terrível e aparentemente não tem sentido. O que Ele pretende fazer? A explicação é que Ele está construindo uma nova ala aqui, acrescentando um novo pavimento ali, erguendo torres, abrindo pátios. Você pensava que seria transformado num simpático chalezinho, mas Ele está construindo um palácio no qual pretende habitar em pessoa.
Ele desentope os ralos, conserta as goteiras do telhado etc.: você sabia que esses consertos eram necessários e por isso não se surpreenderá. Mas de repente ele começa a derrubar as paredes da casa; isso lhe causa uma dor terrível e aparentemente não tem sentido. O que Ele pretende fazer? A explicação é que Ele está construindo uma nova ala aqui, acrescentando um novo pavimento ali, erguendo torres, abrindo pátios. Você pensava que seria transformado num simpático chalezinho, mas Ele está construindo um palácio no qual pretende habitar em pessoa.
Ainda fico admirada com a beleza dessa citação.
ResponderExcluirEu também. É de uma profundidade incrível.
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